Distinguimos entre a perspectiva instrumental do indivíduo sobre sua rede de relações sociais (capital social minimalista) e a perspectiva da resolução dos dilemas da ação coletiva (capital social maximalista) (Ostrom e Ahn 2003). Seguindo esta última, estudamos os mecanismos sociais que operavam dentro de um arranjo produtivo que visava substituir cultivos ilícitos de coca na Colômbia. Reconstruímos os efeitos da estrutura de incentivos sustentada por um ator externo — situação third party— e das estruturas emergentes de circulação da informação, de colaboração e de controle social lateral. Ao contrário da visada associação de agricultores, criou-se um aparelho de regulação com baixa capacidade coercitiva e sob os critérios do agente externo. A politização do processo e a disposição espacial da produção geraram um perfil dual nas redes intra organizacionais: centralização burocrática e descentralização técnica da informação, de baixa e alta densidade de colaboração, e de autoridade vertical e horizontal para o controle social lateral.